Hipertensão: pressão alta, risco silencioso
A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial. Essa condição é considerada um importante problema de saúde pública, afetando cerca de 1 em cada 3 adultos no mundo, segundo a OMS. No Brasil, estima-se que 30% da população adulta seja hipertensa, o que representa um número significativo de pessoas em risco de desenvolver complicações graves.
Epidemia Silenciosa
A hipertensão é frequentemente chamada de "doença silenciosa", pois geralmente não apresenta sintomas perceptíveis em seus estágios iniciais. Essa característica torna a doença ainda mais perigosa, pois as pessoas podem estar hipertensas por anos sem saber, enquanto os danos ao sistema cardiovascular se acumulam.
Fatores de Risco
A hipertensão pode ser causada por diversos fatores, incluindo:
- Histórico familiar: Ter familiares com hipertensão aumenta o risco da doença.
- Idade: O risco aumenta com o envelhecimento.
- Sobrepeso ou obesidade: O excesso de peso corporal é um dos principais fatores de risco.
- Sedentarismo: A falta de atividade física aumenta o risco.
- Consumo excessivo de sal: O sal contribui para a elevação da pressão arterial.
- Tabagismo: O cigarro aumenta o risco de doenças cardiovasculares, incluindo a hipertensão.
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: O álcool pode elevar a pressão arterial.
Consequências e Complicações
Se não for tratada e controlada de forma adequada, a hipertensão pode levar a diversas complicações graves, como:
- Doenças cardíacas e AVC: A hipertensão é um dos principais fatores de risco para infarto, AVC e outras doenças cardiovasculares.
- Doença renal: A hipertensão pode danificar os rins e levar à insuficiência renal.
- Retinopatia hipertensiva: A alta pressão arterial pode danificar os vasos sanguíneos da retina e levar à cegueira.
- Aneurisma cerebral: A hipertensão pode enfraquecer as paredes das artérias e aumentar o risco de aneurismas.
- Demência: A hipertensão pode aumentar o risco de demência vascular.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da hipertensão é realizado por meio da aferição da pressão arterial. A pressão arterial é considerada normal quando está abaixo de 120/80 mmHg. Valores acima de 130/80 mmHg indicam hipertensão.
O tratamento da hipertensão visa controlar a pressão arterial e prevenir as complicações da doença. As medidas de tratamento incluem:
- Mudanças no estilo de vida: Adotar um estilo de vida saudável, com dieta rica em frutas, legumes, verduras, grãos integrais e proteínas magras, prática regular de atividade física, redução do consumo de sal, abandono do tabagismo e moderação no consumo de bebidas alcoólicas, são fundamentais para controlar a pressão arterial.
- Medicamentos: Diversos medicamentos podem ser utilizados para controlar a pressão arterial, como diuréticos, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da ECA e antagonistas do receptor da angiotensina II.
- Monitoramento regular da pressão arterial: É importante monitorar a pressão arterial regularmente para avaliar a efetividade do tratamento e fazer ajustes quando necessário.
Prevenção
A prevenção da hipertensão é possível através da adoção de hábitos saudáveis, como:
- Alimentação saudável: Consumir uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, grãos integrais e proteínas magras.
- Atividade física regular: Praticar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana.
- Manutenção do peso corporal adequado: Evitar o sobrepeso e a obesidade.
- Não fumar: O cigarro aumenta o risco de doenças cardiovasculares, incluindo a hipertensão.
- Reduzir o consumo de sal: O sal contribui para a elevação da pressão arterial.
- Moderar o consumo de bebidas alcoólicas: O álcool pode elevar a pressão arterial.